meu truque: eu sou a seca, não Agosto
e o peso de ter nomes se apequena
- mesmo que ainda persista algo de sina,
sou puro substantivo sem aposto
de tempo em tempo, é claro, eu me ajusto
e nesse movimento viro a cena:
em cada badalar que desatina
converto meu presente em entreposto
cercado em meu abrigo movediço
os cacos que me estilham se reerguem
pra, desestilhaçados, me fazerem:
um ser, se não coerente, inteiriço,
que as sombras do passado não perseguem:
eu sou as cicatrizes que me ferem
3 comentários:
Que honra ser sua contemporânea.
Que honra!
Carol Rouxinol, desde 2016 que não postam um comentário neste blogue!
Respondo o comentário, contra todas as tendências da internet contemporânea, pra dizer que fico igualmente honrado por caminhar no mesmo tempo do mundo em que existe você =)
Minha nossa, desde de 2016 que não tinha comentário?
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