sexta-feira, 31 de agosto de 2018

As cinzas cinzas de julho

por Glaucia L.W. Cortez

Você não é a seca, nem Agosto;
Você é o fim de julho que amarela
Pra ser depois a Phoenix que revela
Que as cinzas não saíram de seu posto

O voo interminável, não esqueço;
Podia ser papel, graveto, ou folha,
Mas nunca revelavam sua escolha
A que se oferecesse qualquer preço.

Quisera eu tirar as cicatrizes,
Aquelas que te ferem mais profundo,
Por conta das escolhas infelizes

E quando dou por mim, me vejo em ti:
O tempo que te ajusta nesse mundo
Eu sinto que é o tempo que vivi.

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