por Glaucia L.W. Cortez
Você não é a seca, nem Agosto;
Você é o fim de julho que amarela
Pra ser depois a Phoenix que revela
Que as cinzas não saíram de seu posto
O voo interminável, não esqueço;
Podia ser papel, graveto, ou folha,
Mas nunca revelavam sua escolha
A que se oferecesse qualquer preço.
Quisera eu tirar as cicatrizes,
Aquelas que te ferem mais profundo,
Por conta das escolhas infelizes
E quando dou por mim, me vejo em ti:
O tempo que te ajusta nesse mundo
Eu sinto que é o tempo que vivi.
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
pasto amarelo amarelo no fim de julho
meu truque: eu sou a seca, não Agosto
e o peso de ter nomes se apequena
- mesmo que ainda persista algo de sina,
sou puro substantivo sem aposto
de tempo em tempo, é claro, eu me ajusto
e nesse movimento viro a cena:
em cada badalar que desatina
converto meu presente em entreposto
cercado em meu abrigo movediço
os cacos que me estilham se reerguem
pra, desestilhaçados, me fazerem:
um ser, se não coerente, inteiriço,
que as sombras do passado não perseguem:
eu sou as cicatrizes que me ferem
e o peso de ter nomes se apequena
- mesmo que ainda persista algo de sina,
sou puro substantivo sem aposto
de tempo em tempo, é claro, eu me ajusto
e nesse movimento viro a cena:
em cada badalar que desatina
converto meu presente em entreposto
cercado em meu abrigo movediço
os cacos que me estilham se reerguem
pra, desestilhaçados, me fazerem:
um ser, se não coerente, inteiriço,
que as sombras do passado não perseguem:
eu sou as cicatrizes que me ferem
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