Não inventamos ainda uma linguagem suficiente para o tanto de amor de que precisamos. Recorremos, então, à metonímia: recolhemos aqui uma violência, ali um silogismo, para lá uma convenção, e essas coisas vão virando nosso vocabulário.
Há quem recuse essa linguagem torta para o amor.
Há quem queira amar sempre apenas literalmente.
Eu talvez esteja entre estes, mas não tenho certeza. Já tive, hoje não tenho mais. Não inventei ainda uma matemática suficiente para o número das minhas incertezas.