quinta-feira, 30 de setembro de 2021

lexicologia

 Não inventamos ainda uma linguagem suficiente para o tanto de amor de que precisamos. Recorremos, então, à metonímia: recolhemos aqui uma violência, ali um silogismo, para lá uma convenção, e essas coisas vão virando nosso vocabulário. 

Há quem recuse essa linguagem torta para o amor.

Há quem queira amar sempre apenas literalmente. 

Eu talvez esteja entre estes, mas não tenho certeza. Já tive, hoje não tenho mais. Não inventei ainda uma matemática suficiente para o número das minhas incertezas.

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