quinta-feira, 22 de setembro de 2016

teoria da história

Reassistimos à guerra que se lutou no passado
Conforme ela se aproxima da beira de nosso vale
Onde nossos pais plantaram sob o sol e a chuva quente
Para que tivéssemos hoje algo que comer

De novo e de novo e de novo e de novo

A guerra trás consigo trovões e tempestades
E cheiro de sangue, e fome, e pólvora, e bomba atômica
Mães que matam seus filhos antes que os avós tenham chance
Crenças fantasiosas em vales onde não há guerra

De novo e de novo e de novo e de novo

E novamente a guerra dispensa seus artifícios
Canhões não são só canhões, já são quase ambulâncias tortas
Os generais podem enfim pedir pelo nosso sangue
Que a vida no vale, agora, já não vale mais nada

De novo e de novo e de novo e de novo

Mas vamos erguer as mãos e as barricadas e as vozes
E os sinos de nossos templos soarão desde a madrugada
Plantaremos o chão, entre um tiro e outro de bala
Para que nossos filhos e netas possam comer e lutar

De novo e de novo e de novo e de novo



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