Aqui jaz um poeta,
Amou e cantou como se não houvesse ontem.
E não houve.
Sofreu e escreveu como se não houvesse amanhã.
E não houve.
Bebia vinho como se fosse inspiração,
E sabia que a única musa é o sangue.
Nenhuma família lhe sobrevive, apenas amores não correspondidos;
E uma miríade de palavras rabiscadas no vento e no tempo.
Sua falta não será sentida, sua voz será ouvida.
Ouvida, olvida, vivida.
sábado, 30 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Oração do Poeta
(aos amigos do Hospício Cultural)
Pai,
que minha palavra seja sua palavra, e minhas mão sejam suas mãos
para que minhas mãos quebrem correntes, e minha palavra derrube ídolos
que minha voz seja sua voz, Pai,
para separar a luz da escuridão.
que meus olhos sejam seus olhos, e minha língua seja sua língua
para que meus olhos sejam escudo, e minha língua seja espada
e que meu sangue seja seu sangue, Pai
pra que quando eles vierem tomar o meu sangue
percebam que, ao contrário do que pensam,
não são donos de nada.
Pai,
que minha palavra seja sua palavra, e minhas mão sejam suas mãos
para que minhas mãos quebrem correntes, e minha palavra derrube ídolos
que minha voz seja sua voz, Pai,
para separar a luz da escuridão.
que meus olhos sejam seus olhos, e minha língua seja sua língua
para que meus olhos sejam escudo, e minha língua seja espada
e que meu sangue seja seu sangue, Pai
pra que quando eles vierem tomar o meu sangue
percebam que, ao contrário do que pensam,
não são donos de nada.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Rancor profissíonal
O filósofo odeia o poeta
Que escuta sério, para e rima
Corta a linha do pensamento
Do filósofo que raciocina
O primeiro vem costurando
E o segundo, bordando em cima
Que escuta sério, para e rima
Corta a linha do pensamento
Do filósofo que raciocina
O primeiro vem costurando
E o segundo, bordando em cima
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