sábado, 30 de novembro de 2013

Epitáfio de um Poeta

Aqui jaz um poeta,
Amou e cantou como se não houvesse ontem.
E não houve.
Sofreu e escreveu como se não houvesse amanhã.
E não houve.

Bebia vinho como se fosse inspiração,
E sabia que a única musa é o sangue.
Nenhuma família lhe sobrevive, apenas amores não correspondidos;
E uma miríade de palavras rabiscadas no vento e no tempo.
Sua falta não será sentida, sua voz será ouvida.
Ouvida, olvida, vivida.

3 comentários:

Yuri disse...

Estamos temáticos essa semana ou o que?

Genial, mas acho que dava pra dividir as estrofes em três, não só duas.

Unknown disse...

Eu quis fazer algo que combinasse com o seu texto e o do Dani. Ao mesmo tempo acho que cada qual diz um pouco sobre nossas diferenças estilísticas, não?

Yuri disse...

Certamente, ficou um triálogo muito bom!
Falando em diferenças estilísticas: Carol me disse que ela mais Isa concordam que, lendo os textos do Talvez, conseguem saber quem escreveu sem nem ler o nome do autor antes.