Aos passos curtos, como quem marcha sem pressa,
mesmo que a marcha dure mais do que devia,
marcha-se mais, mais rocha dura se atravessa,
se vê mais longe a luz que frágil principia;
Sob bandeiras cujo colorir não cessa,
ao ritmado de um cantar de euforia,
vi germinar em meio aos estampidos dessa
Marcha uma promessa boa como o dia:
Um Porto cujas naus partem a toda vela,
em busca de temperos mais suaves, qual
quem prefere o brilho do sol ao do aço;
Um Portugal que sem querer a si revela
a derramar ao mar novo tipo de sal:
Trocar bandeiras como quem dá um abraço
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