Um ano passa logo, velho amigo
Tão logo que, no estalar de um dedo,
Nosso pesar se tornará brinquedo
E outra vez eu estarei consigo.
Um ano passa logo, ouça o que eu digo:
Um ano passa logo, leve, ledo
Não há feiticaria, nem segredo
O longe, pra nós dois, não é castigo.
Não temo o tempo em que não nos veremos
Pois nossos laços são dos mais profundos
Irmãos nós somos, irmãos seguiremos.
Eu temo outra saudade, mais sofrida:
Se, para amigos, anos são segundos
Para os amantes, horas são uma vida.
Um comentário:
E para os que esperam o amor, minutos são como a eternidade amiúde.
Belo soneto, caro amigo. Sinceridade simplista que causa uma profunda reflexão.
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