domingo, 26 de fevereiro de 2012

Soneto do Até Logo

Um ano passa logo, velho amigo
Tão logo que, no estalar de um dedo,
Nosso pesar se tornará brinquedo
E outra vez eu estarei consigo.

Um ano passa logo, ouça o que eu digo:
Um ano passa logo, leve, ledo
Não há feiticaria, nem segredo
O longe, pra nós dois, não é castigo.

Não temo o tempo em que não nos veremos
Pois nossos laços são dos mais profundos
Irmãos nós somos, irmãos seguiremos.

Eu temo outra saudade, mais sofrida:
Se, para amigos, anos são segundos
Para os amantes, horas são uma vida.

Um comentário:

Amanda Nascimento disse...

E para os que esperam o amor, minutos são como a eternidade amiúde.

Belo soneto, caro amigo. Sinceridade simplista que causa uma profunda reflexão.